Barco ligeiro, voando ao sabor do vento norte
Casa distante acenando triste
Durante a neblina que persiste
Exilada no acaso à sorte.
Faço o deslumbramento onírico de imagens ténues
Guardar o Presépio em minha Alma
Hei-de alcançar a neblina... Doce e transparente calma!
Inventarei um menino só meu,
Juntarei José, Maria e raios vindos do Céu!
Lá não faltará ninguém
Montes e vales, colinas se atravessam
Nada entristece esta noite
Onde em Belém distante
Pisca ainda cintilante
Qual pirilampo itinerante
Rente aos que em Cristo esperam...
Suave, a Estrela da Manhã.
Tenha eu voz para cantar
Um mundo novo iluminado
Vida em Cristo, Céu amado
Xaile de cristal para amainar
Ziguezagues indefinidos da ondulante luz vã.
Escrita na forma de hino, tentando criar o ambiente onírico que o texto sugere, aqui está a proposta vencedora do Concurso Ad Antiphonarii Aniversarium 2012 com texto de Nuno Cerdeira.
Esta obra foi pensada sobretudo em torno de ambientes harmónicos e muitas vezes as melodias isoladas podem parecer desinteressantes. Por isso, não deve ser interpretada somente a uma voz. Fica uma proposta para acompanhar as procissões de ofertório do Tempo do Natal.
Espero que gostem!
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